Malala Yousafzai nasceu no Vale do Swat, no norte do Paquistão, uma
região onde as meninas e mulheres não são celebradas por causa da tradição e, são obrigadas a se
casar cedo e ter filhos aos 14 anos.
Graças aos seus pais, que sempre apoiaram a sua vontade de estudar,
Malala não cumpriu o que lhe foi destinado. Seu pai, um professor e dono de escola, a estimulou
desde muito cedo a estudar física, literatura, política e também ter um pensamento crítico, cuja
indagação principal eram as injustiças do mundo e diferenças de gênero.
Malala começou a ganhar notoriedade e ser perseguida em seu país pelo grupo fundamentalista
quando tinha entre 11 e 12 anos, por escrever um blog para a emissora britânica "BBC" sobre seu
cotidiano na cidade em que morava e sobre o direito das meninas de frequentar a escola.
No dia 9 de outubro de 2012, com 15 anos, Malala que estudava na
província de Khyber Pakhtunkhwa, enquanto voltava para casa, seu ônibus escolar foi parado por
membros do Talibã, que subiram a bordo e perguntaram: “Quem é Malala?”. Ninguém respondeu, mas
um dos terroristas a reconheceu e disparou três tiros em sua cabeça.
Malala chegou a ficar em estado crítico, mas conseguiu se salvar e desde então é uma ativista
pelos direitos das mulheres.
Em 2014, aos 17 anos, Malala, que hoje vive no Reino Unido, venceu o Prêmio Nobel da Paz por
causa de sua "luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação"
e se tornou a pessoa mais nova a receber a honraria.