Bertha von Suttner nasceu em Praga em 1843, estudou música e aos 46 anos de idade, publicou seu romance Abaixo as Armas, que lhe rendeu reconhecimento mundial. No livro, ela descreve os horrores da guerra pela perspectiva de uma mulher e defende o pacifismo, a ideia de que é possível resolver conflitos através da conversa, sem utilizar-se da força e/ou armas.
Naquela época o pacifismo era visto como uma utopia e, mesmo vindo de uma família aristocrata e sendo filha de um pai militar, Bertha se opunha a esse sistema e afirmava que a Paz era possível através de leis que respeitassem e valorizasse a vida.
Enquanto ativista, Bertha trabalhou como vice-presidente do Gabinete Internacional da Paz, participou e auxiliou a estabelecer grupos e congressos para promover esse assunto e foi inicialmente essencial para o desenvolvimento de leis internacionais para a preservação da Paz, que surgiram após o seu trabalho.
Von Suttner rompeu com os padrões, enquanto ativista e escritora, em uma época na qual mulheres deveriam ser apenas vistas e não ouvidas. (aka “bela, recatada e do lar”, né meninas) E apesar de não ser reconhecida como feminista, acreditava que a Paz só seria alcançada através de direitos iguais entre homens e mulheres. Em 1904, ela participou ativamente da Conferencia Internacional de Mulheres e se empenhava em trazer cada vez mais mulheres para o movimento pacifista.
Bertha também trabalhou diretamente com Alfred Nobel, que influenciado pelas ideias dela, incluiu a Paz nas categorias da premiação. Após a criação do Conselho Internacional da Paz, ela comprometeu-se a manter Alfred informado quanto ao progresso do movimento e em 1905, ela recebe o Nobel da Paz, tornando-se a primeira mulher premiada com um Nobel.
A Primeira Guerra Mundial iniciou-se meses após a morte de Bertha e suas últimas palavras foram: “Abaixem suas armas: falem para todos, para todos!”
Que Bertha possa servir de inspiração para todas nós e que suas ideias se mantenham vivas por todo o mundo. Acreditamos em uma política de paz, respeito e tolerância e desejamos um mundo com mais arte, cultura e direitos iguais para todxs! ❤