“Every time we have a chance to get ahead, they move the finish live.” -Mary Jackson

Mary Jackson nasceu em Hampton em 9 de abril de 1921, filha de Frank Winston e Ella Scott Winston. Ela frequentou a escola para negros George P. Phenix Training School e finalizou o ensino básico com as maiores honrarias em 1937. Cinco anos depois, em 1942, Mary formou-se no Hampton Institute, com dupla graduação em Matemática e Ciência Física.

Jackson teve uma série de empregos antes de começar o seu trabalho na NASA. Ela foi professora de matemática na escola Calvert County em Maryland, contadora e recepcionista no King Street USO Club. Além disso, ela passou um tempo em casa depois do nascimento de seu primeiro filho, Levi. Foi só em 1951 que Mary Jackson conseguiu um emprego da NACA (predecessora da NASA), em Langley, Virgínia. Ela começou seu trabalho na agência como matemática, ou como “computador humano”, como eram conhecidas as mulheres matemáticas à época. Em 1953 ela foi para outro setor da NACA, o Compressibility Research Division. Com a desigualdade e a segregação na agência, Mary considerou se aposentar. Porém, o engenheiro Kazimierz Czarnecki a fez mudar de ideia e a convidou para trabalhar diretamente com ele no Supersonic Pressure Tunnel. Ao perceber toda a capacidade de Jackson, Czarnecki a incentivou a fazer aulas na engenharia e mudar seu título de “matemática” para “engenheira”. Depois de conseguir na justiça o direito de assitir às aulas na então segregada Hampton High School, Mary concluiu o curso e foi promovida a engenheira espacial, tornando-se a primeira mulher negra engenheira da NASA, em 1958. Ela virou especialista no trabalho com túneis de ventos e na análise de dados de aeronaves experimentais. Por quase 20 anos Mary fez uma carreira muito produtiva, sendo autora e co-autora de dezenas de artigos focados em estudos do comportamento do ar ao redor de aeronaves.

Com o passar dos anos e por diversos fatores, as promoções ficaram mais difíceis e Mary começou a ficar frustrada. Ao perceber que não conseguiria chegar ao cargo que desejava, fez a última mudança drástica de carreira. Ela deixou de ser engenheira e passou para o Langley’s Federal Women’s Program Manager, mais especificamente no “Programa de Oportunidades Iguais”. Em sua nova posição, Jackson aconselhou e guiou jovens mulheres e outras minorias em suas carreiras, incentivando quem a procurava a estudar, fazer os mais diversos cursos e a ambicionar novas posições. Mary seguiu trabalhando na NASA até sua aposentadoria, em 1985. Dentre as homenagens e honrarias, estão o Apollo Group Achievement Award e a nomeação de Langley’s Volunteer do ano, em 1976. Ela faleceu em 11 de fevereiro de 2005, aos 83 anos de idade, mas deixou para sempre a sua marca na história da luta pelos direitos da mulher, dos negros e demais minorias.