Depois dos anos na Casa Branca, a ex- primeira dama americana Michelle Obama tem se dedicado a inspirar meninas e jovens mulheres para que elas invistam em educação e tracem caminhos rumo às posições de liderança.
Nesta quinta (21), durante um encontro com estudantes em Kuala Lumpur, ela pediu que as meninas resistam à síndrome do impostor, que ela mesma afirma ter sofrido em sua trajetória. Michelle Obama também pediu que as mulheres lutem para assumir as posições de poder que, hoje, estão com os homens. “Muitos dos que estão lá não merecem estar”, afirmou.
Em viagem à Asia para promover a educação de meninas, Michelle comparou sua trajetória de mulher negra com a simples presunção feita por muitos homens de que os postos de liderança são deles.
— Estou dizendo a vocês: existem muitas pessoas que estão no topo, mas não pertencem a esses lugares. Disseram a eles que pertencem, mas não pertencem. Só que existe a presunção. Então não contem com outras pessoas para lhes dar autoconfiança. Nossa sociedade não funciona assim.
Nascida em uma família afro-americana de classe média, em Chicago, Michelle Obama disse que sempre ouviu que não era boa o suficiente para a Universidade Princeton, onde ela estudou Sociologia antes de ir para Harvard estudar Direito. Ela passou pelas melhores universidades apesar da “síndrome do impostor”, que, segundo Michelle, “acomete mais às mulheres”.
— As mulheres sentem isso com frequência porque a sociedade diz que elas não devem ser as chefes e as líderes.
Michelle continuou:
— Precisamos de mulheres e de mentes diversas, pessoas que pensam diferente e que tenham crenças religiosas diferentes. A verdade e as respostas de que precisamos vêm com a diversidade de experiências.
A viagem de Michelle Obama à Ásia (em Kuala Lumpur, ela dividiu o palco com a atriz Julia Roberts) faz parte de uma iniciativa global da ex-primeira dama americana para promover oportunidades para as meninas. Defensora dos direitos das mulheres, ela afirma que a educação pode transformar vidas, mas que é preciso aumentar a presença delas em todas as áreas da economia e da política.
Michelle lançou um livro, partilhou a sua extraordinária viagem e ajudou a criar um espaço para que outros pudessem contar as suas histórias e para encorajar as pessoas a descobrirem o poder da sua própria voz, "Para mim, transformação não significa chegar a lado nenhum ou realizar determinado objetivo. Encaro-o, pelo contrário, como um movimento em frente, um meio a evoluir, uma forma de tentarmos sempre chegar ao nosso melhor eu.