Uma estrela além do tempo.

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Katherine Coleman Goble Johnson é uma matemática, física e cientista espacial norte-americana que, ajudou a colocar em órbita a nave que levou o homem à Lua pela 1ª vez.

Ela foi uma das mulheres negras que formavam uma equipe no Centro de Pesquisa Langley para calcular a trajetória dos primeiros lançamentos espaciais, operações que hoje são feitas por computadores, mas nos anos 1960 os "computadores usavam saias", segundo suas palavras.

Quando a Nasa começou a usar computadores para a missão em que John Gleen orbitou a Terra pela primeira vez, em 1962, Katherine foi consultada para verificar os cálculos da máquina. "Se ela diz que são bons, então estou pronto para ir", disse o astronauta, segundo lembrou a própria Katherine.

De fato, a Nasa reconhece em seu site que "não teria sido possível fazer essas coisas sem Katherine Johnson e seu amor pela matemática".

“Nós sempre vamos ter a ciência conosco. Algumas coisas vão desaparecer, mas sempre vai haver ciência, engenharia e tecnologia. E sempre, sempre vai haver matemática. Tudo é física e matemática.”

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Katherine nasceu no dia 26 de agosto de 1918 em White Sulphur Springs (Virgínia, EUA) e foi uma menina curiosa e brilhante, que aos dez anos já cursava o ensino médio.

Uma entre cinco filhos, seu pai trabalhava como madeireiro, agricultor e carpinteiro. Sua mãe era ex-professora. Muito cedo, Katherine mostrou talento para matemática e seus pais enfatizavam a importância da educação para os filhos. Como o condado de Greenbrier não oferecia escola para estudantes negros após a oitava série, as crianças da família foram para o ensino médio no condado de Kanawha, no chamado Instituto, onde hoje é a universidade de West Virginia.

Katherine entrou para a Universidade Estadual de West Virginia onde se graduou em Matemática e Francês com honras máximas em 1937 e aceitou um trabalho como professora em uma escola pública para negros.

“Eu contava tudo. Contava os passos na rua, os passos até a igreja, o número de pratos que eu tinha lavado. Tudo o que pudesse ser contado.”

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"Sempre estava cercada de gente que estava aprendendo coisas, eu adoro aprender. Você aprende se quiser."

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A vida tomaria um novo rumo para Katherine quando em 1952 um parente lhe disse que havia vagas na seção de computação da ala oeste (onde trabalhavam os afro-americanos) do Laboratório Langley da Naca — a agência que antecedeu a Nasa — por isso, ela e seu marido decidiram se mudar para Hampton, na Virgínia.

Mulher decidida e com habilidades de liderança, Katherine não se limitou a fazer cálculos, mas pediu para participar das reuniões com os engenheiros, algo inédito para uma mulher e afro-americana.

"Eu encontrei o que eu estava procurando em Langley. Isso era o que uma matemática de pesquisa fazia. Eu fui trabalhar todos os dias, por 33 anos, feliz. Nunca me levantei e disse: Eu não quero ir trabalhar."

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Em março de 2016, começaram as finalizações do filme Hidden Figures, que foi lançado em 2017, sobre três cientistas negras da NASA que calcularam as trajetórias de voo do Projeto Mercury e do Apollo 11 nos anos 1960. O filme é baseado no livro de Margot Lee Shetterly que documentou as carreiras e as contribuições de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. Katherine é interpretada pela atriz indicada ao Oscar Taraji P. Henson.

Uma longa carreira que foi homenageada em 2015 quando, já com 97 anos, recebeu das mãos do então presidente americano Barack Obama a Medalha da Liberdade, a condecoração civil mais importante do país. Além disso, a Nasa deu seu nome a um novo centro de pesquisa computacional.

Em 2016, foi incluída na lista de 100 mulheres mais inspiradoras e influentes pela BBC.

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Referências

Wikipedia
Notícias R7