Nise da Silveira

Quem foi Nise da Silveira?

Aluna de Medicina
  • Única mulher a se formar (1931) na turma da Faculdade de Medicina na Bahia.
  • Iniciou seu trabalho como psiquiatra no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro - RJ (1944).
  • Nise se negou a compactuar e replicar práticas e ideias violentas, comuns naquele período: como eletrochoques, lobotomia e contenção mecânica e medicamentosa.
  • Devido a essa recusa em adotar os métodos utilizados nas enfermarias do hospital, foi transferida para a área de terapia ocupacional, atividade que não era apreciada pelos colegas médicos.
Única mulher a se formar (1931) na turma da Faculdade de Medicina na Bahia. Iniciou seu trabalho como psiquiatra no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro - RJ (1944). Nise se negou a compactuar e replicar práticas e ideias violentas, comuns naquele período: como eletrochoques, lobotomia e contenção mecânica e medicamentosa. Devido a essa recusa em adotar os métodos utilizados nas enfermarias do hospital, foi transferida para a área de terapia ocupacional, atividade que não era apreciada pelos colegas médicos.
  • No ano de 1946, então, é fundada por ela a “Seção de Terapêutica Ocupacional”.
  • Criou nesse novo espaço uma área destinada a arte e atividades expressivas. O trabalho naquele local passou a ser de pintura de modelagem como forma de acessar as imagens do inconsciente, a arqueologia do psiquismo.
  • Nise foi uma mulher revolucionária que redefiniu com determinação a psiquiatria e o tratamento de pessoas com sofrimento psíquico.
  • Em 1952 fundou o Museu de Imagens do Inconsciente (Rio de Janeiro), com o objetivo de preservação dos trabalhos produzidos no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II.
No ano de 1946, então, é fundada por ela a “Seção de Terapêutica Ocupacional”. Criou nesse novo espaço uma área destinada a arte e atividades expressivas. O trabalho naquele local passou a ser de pintura de modelagem como forma de acessar as imagens do inconsciente, a arqueologia do psiquismo. Nise foi uma mulher revolucionária que redefiniu com determinação a psiquiatria e o tratamento de pessoas com sofrimento psíquico.Em 1952 fundou o Museu de Imagens do Inconsciente (Rio de Janeiro), com o objetivo de preservação dos trabalhos produzidos no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II.
Aluna de Medicina

"O que eu queria, o que me fascinava, era o acontecia dentro da cuca do esquizofrênico. Debaixo daquele aspecto miserável de atoleimado, de demenciado, de alienado era de repente um gesto de mão de Rafael. (...) Tem que ter alguma coisa por de trás disso."

Alguns artistas do Museu de Imagens do Inconsciente

Foto de Adelina Gomes

Adelina Gomes (1916-1937)

Foi internada em 1937, aos 21 anos, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II por conta de sintomas de esquizofrênia e agressividade. Na Seção de Terpêutica Ocupacional dedicou-se a modelagens, pinturas, trabalhos em crochê e flores de papel.

Carlos Pertuis (1910-1977)

Foi internado no Hospital da Praia Vermelha, em setembro de 1939, devido a alucinações visuais de raios solares que denominou de "O Planetário de Deus". Em 1946, começou a frequentar o ateliê da Seção de Terapêutica Ocupacional. Suas pinturas foram marcadas com imagens do Sol.

Foto de Adelina Gomes
Foto de Emygdio de Barros

Emygdio de Barros (1895-1956)

Após 23 anos de internação (1947), Emygdio começou a fazer parte do ateliê da Seção de Terapêutica Ocupacional. Suas obras foram reconhecidas no meio da arte por artistas como Mário Pedrosa e Abraham Palatnik.

Casa das Palmeiras

Casa das palmeiras
  • Tinha o objetivo de diminuir a taxa de reinternação (cerca de 70%) nos hospitais e preparar as pessoas para a vida fora do hospital, “para o re-encontro com a vida”.
  • Estruturou esta instituição sem fins lucrativos com Maria Stela Braga (psiquiátrica), Belah Paes leme (artista plástica) e Ligia Loureiro (assistente social).
  • Inaugurada em 23 de dezembro de 1956
  • Mostrou que é possível quebrar o ciclo das reinternações e que o problema não estava tanto nos "loucos", mas naqueles que eram responsáveis por eles.
Inaugurada em 23 de dezembro de 1956, tinha o objetivo de diminuir a taxa de reinternação (cerca de 70%) nos hospitais e preparar as pessoas para a vida fora do hospital, “para o re-encontro com a vida”. Estruturou esta instituição sem fins lucrativos com Maria Stela Braga (psiquiátrica), Belah Paes leme (artista plástica) e Ligia Loureiro (assistente social). Mostrou que é possível quebrar o ciclo das reinternações e que o problema não estava tanto nos "loucos", mas naqueles que eram responsáveis por eles.

"Pretendemos a recuperação de homens considerados farrapos para uma vida socialmente útil, e talvez mais rica que a vida anterior que eles levaram."